segunda-feira, 27 de maio de 2019

Vazio existencial

Quando olho para a imensidão do Universo, fico pensando: Se só existir vida inteligente na Terra, que desperdício seria o Universo. Se existir vida inteligente espalhada pelo Universo, imagino o tamanho do vazio existencial de todas essas criaturas. Por que o ser humano fica procurando sentido em algo externo? Por que ter medo desse vazio existencial? Sejamos felizes aqui e agora, ajudando o próximo a diminuir seu sofrimento, usufruindo com equilíbrio da nossa existência. A vida é maravilhosa e fica melhor ainda quando temos menos apegos. Mas quando a vida acabar, acabou. Qual o problema?

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Buda era mesmo o demônio

Desde criança sempre abominei as histórias da bíblia, contadas com soberba pelos cristãos.
Odiava ouvir aquelas histórias com pessoas sendo torturadas física e psicologicamente pelo Deus, com crianças e animais sendo assassinados, histórias de genocídio, de doenças, de maldições e pragas.
Lendo a bíblia, desenvolvi uma imensa compaixão pelo Jó.
E também uma imensa revolta contra o Deus cristão, que hoje chamo de "o demônio Deus".
Quando alguém contava uma história desse tipo, eu sempre contava outra com exemplos mais tranquilos.
Certa vez, ao terminar de contar a história abaixo a um cristão, ouvi em seguida:
"Buda era mesmo o demônio, ainda bem que nós temos Jesus, nosso salvador que morreu por nós".
Fiquei estupefato, e a primeira frase que me ocorreu foi "Nós quem, cara pálida?"
Eu era adolescente, tinha uns 15 anos, e a partir desse momento tive certeza absoluta de que eu jamais seria um cristão.
Coversa entre Buda e o Angulimala, um assassino.
“Angulimala, eu parei de cometer atos que causam sofrimento a outros seres vivos há muito tempo. Aprendi a proteger a vida, as vidas de todos os seres, não apenas humanos. Angulimala, todos os seres querem viver. Todos temem a morte. Devemos nutrir um coração de compaixão e proteger as vidas de todos os seres”.
“Seres humanos não se amam. Porque eu deveria amar outras pessoas? Humanos são cruéis e enganadores. Não descansarei até que tenha matado todos eles”.
O Buda então falou gentilmente, “Angulimala, eu sei que você sofreu profundamente nas mãos de outros humanos. Às vezes os humanos podem ser muito cruéis. Essa crueldade é resultado da ignorância, do ódio, do desejo e da inveja. Mas os humanos também podem ser compreensivos e compassivos. Meu caminho pode transformar crueldade em bondade. O ódio é o caminho em que você está agora. Você deveria parar. Ao invés, escolha o caminho do perdão, da compreensão e do amor”.
Angulimala ficou mexido com as palavras do monge. Ainda assim sua mente estava mergulhada em confusão. O monge olhou para Angulimala como se ele uma pessoa íntegra e digna de respeito. Angulimala perguntou: “Você é o monge Gautama?”.
O Buda consentiu.
Angulimala disse, “É uma pena não encontrei você antes. Já fui longe demais no meu caminho de destruição. Não é mais possível voltar atrás”.
O Buda disse, “Não, Angulimala, nunca é tarde demais para fazer um ato bom”.
“Que ato bom eu seria capaz fazer?”
“Pare de viajar pela estrada do ódio e da violência. Esse seria o maior ato de todos. Angulimala, embora o mar do sofrimento seja imenso, olhe para trás e você verá a margem”.
“Gautama, mesmo que eu quisesse, eu não poderia voltar atrás agora. Ninguém me deixaria viver em paz depois de tudo que fiz”.
O Buda pegou a mão de Angulimala e disse, “Angulimala, eu o protegerei se você fizer o voto de abandonar sua mente de ódio e se dedicar ao estudo e prática do Caminho. Tome o voto de começar de novo e de servir aos outros. E fácil ver que você é um homem de inteligência. Não tenho dúvida que você poderia conquistar o caminho da realização”.
Angulimala se ajoelhou perante Buda. Ele removeu sua espada de suas costas, colocou-a na terra, e se prostrou aos pés do Buda. Cobriu seu rosto com as mãos e começou a soluçar. Depois de um bom tempo, ele olhou pra cima e disse, “Faço votos de abandonar meu caminho maligno. Seguirei você e aprenderei compaixão de você”. 

Crueldade...

Um Universo de tamanho incomensurável. Com incontáveis galáxias. Galáxias com bilhões e bilhões de estrelas. Muitas e muitas dessas estrelas...